domingo, 30 de novembro de 2008


para explicar melhor o post anterior...

Pode parecer algo técnico de fotografia ou composição, mas na verdade os triângulos estão presentes constantemente nas nossas criações e formas de olhar e perceber o mundo. Mas como aqui se fala de fotografia... percebam o(s) triângulo(s) da dessa imagem e vejam que em outras fotos o triângulo se aplica muitas vezes, mesmo que de forma bastante sutil.

domingo, 23 de novembro de 2008

Triângulos são muito importantes.

sábado, 22 de novembro de 2008

Veja mais detalhes com a Leica.

Para vocês verem o quanto a Leica defende a qualidade das suas lentes, a empresa distribuiu, em alguns lugares ao ar livre, cachorros "pixelizados", com placas ao lado com a seguinte inscrição: see it in more detail (algo como "veja com mais detalhes"), dando a entender que, com as lentes Leica, o cachorro seria visto com maior nitidez.

Pensando nisso, fico sonhando com lentes Leica até para os meus óculos (suspiros).





Leica.


Propaganda das câmeras Leica.


Como havia prometido no post anterior, vou falar um pouco sobre a Leica, uma empresa de origem alemã que produz uma das melhores câmeras fotográficas do mundo, objeto de desejo de centenas de fotógrafos e fotógrafas espalhados pelo mundo.


Tudo começou assim.

Em 1849, na pequena cidade de Wetzlar, na Alemanha, um jovem mecânico chamado Carl Kellner fundou o Instituto Óptico, especializado na fabricação de microscópios, que se destacavam pela alta precisão e qualidade. Como Kellner veio a falecer muito cedo, o negócio foi assumido por sua mulher e seu sócio, Ernst Glundach, em 1855. Dez anos depois, um jovem funcionário da fábrica, muito talentoso e habilidoso nas técnicas de administração, Ernst Leitz, assumiu a direção da companhia e mudou o nome da empresa para Ernst Leitz Wetzlar, lançando a sua mais nova produção, um microscópio binocular, grande sucesso de vendas.


Oskar Barnack - ele foi o tal.

Nascido em Lynow, ao sul de Berlim, Barnack queria ser pintor. No entanto, por incentivo do pai, começou a trabalhar como aprendiz de mecânica de precisão. Em 1911, ele passa a integrar o quadro de funcionários da Ernst Leitz Wetzlar, que já tinha mais de trinta anos de existência.

Como um entusiasta da fotografia e do recém inventado cinema, Oskar Barnack dedicava-se, em suas folgas, à construção de uma câmera de cinema, que ele veio a completar em 1912. Nesta época, Oskar, que já havia tido a experiência de carregar as pesadas câmeras fotográficas da época, com suas “chapas” e pesados tripés, começou a desenvolver uma câmera que fosse realmente portátil.
Construiu então uma pequena caixa de metal, colocou uma lente do tipo das que eram usadas em telescópios, um obturador de velocidade única (1/40s) e o mecanismo para que ela usasse o filme de cinema da época, porém com o tamanho do fotograma duplicado. O fotograma do cinema usava 12x36mm e ele passou a usar 24x36mm, pois acreditava que assim as fotografias teriam uma melhor qualidade de imagem para as ampliações.
Estava então criada a câmera que seria conhecida como Ur-Leica, o protótipo de uma nova era na fotografia mundial. No entanto, a companhia não tinha intenção, neste momento, de produzir câmeras em série.
Com a Primeira Guerra Mundial, o proejto teve que ser parado e só foi retomado em 1920, quando Oskar Barnack já havia implementado seu projeto e procurava um desenho de lente que fosse adequado ao tamanho de filme que ele empregava em sua câmera e que permitisse uma qualidade de imagem para ampliações de até 10 vezes. Neste mesmo período, Leitz faleceu e a direção da empresa foi assumida por seu filho, Ernetz Leitz II.

Foi então que o projetista óptico da empresa, Prof. Max Berek, desenhou uma lente com plano focal de 50mm e abertura de f/3.5, a famosa Anastigmat. Pronto, a câmera de Barnack estava pronta para ser testada pelo mercado. Agora caberia a Ernst Leitz II a difícil decisão de produzir ou não a nova câmera. Muitos dos diretores da empresa eram contrários à idéia, pois a Alemanha atravessava uma terrível crise econômica e eles acreditavam que aquilo não seria viável comercialmente. Mas, em uma manhã de 1924, com toda a diretoria reunida, Ernst Leitz II comunicou: “A câmera projetada por Oskar Barnack será produzida em série.”

Naquele mesmo ano foram produzidos os primeiros 30 protótipos para teste de mercado, as raríssimas Leica 0. Logo depois as primeiras 500 câmeras comerciais estavam prontas, as Leica I. Ao mesmo tempo foi registrada a marca LEICA, derivada de LEitz CAmera.

Em 1930 surgiu o primeiro modelo com lentes intercambiáveis. A novidade conquistou de imediato muitos fotógrafos e fez muito sucesso no meio jornalístico, trazendo uma nova dimensão para a cobertura dos fatos. Em 1932 estimava-se que existiam cerca de 90 mil máquinas em uso.

Um dos modelos da Leica que mais fizeram sucesso foi a Leica M, lançada em 1957. Em 1961, a empresa computava a quantidade de 1 milhão de máquinas pelo mundo. Hoje a Leica conta com modelos digitais como o recente lançamento da linha M, a M8, uma câmera SLR digital, mas sempre mantendo a tradição de qualidade de sistema óptico.

Leica I - 1925


Campanha - Nós queremos uma Leica!

Pelo simples motivo de que é uma câmera extremamente silenciosa, em razão da ausência de espelhos e por possuir um obturador de pano, além de possuir lentes de imensa qualidade e muito, muito luminosas!

Queremos uma Leica!

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domingo, 9 de novembro de 2008

IX Bienal do Recôncavo


Zé de Rocha. Este foi o nome mais falado na IX Bienal do Recôncavo, que teve sua abertura ontem, em São Félix – Bahia. Fotógrafo, pintor, escultor, gravurista e músico, Zé de Rocha abocanhou o grande prêmio pelo conjunto da obra apresentada. Ao todo foram três obras, “ensaio para bala perdida” (foto abaixo), que é serigrafia sobre lona, que tem um “quê” de fotografia misturada com HQ, o segundo “eva”, um desenho em cerâmica e o ultimo “ permutáveis”, um trabalho de escultura e fotografia. Parabéns, Zé! Já acompanho seu trabalho há algum tempo e torço por você. Fiquei muito feliz pela consagração do seu “lavoro” e dedicação à arte. Que venha a pizza!

A bienal como um todo está legal e vale a visitação. Foram 258 trabalhos selecionados entre 1.379 inscritos, e o que se ouvia por lá a todo o momento é que esta é a melhor bienal de todas, quando se observava o nível das obras. Porém, tenho a ligeira impressão que o júri poderia ser mais rigoroso, principalmente quando se trata de fotografia, aí sim isso não é muito animador.


Fotografia foi a categoria que mais levou artistas para esta bienal, com 79 selecionados. Ótimo! É isso que esperamos, que queremos, porém é de partir o coração quando vejo que mais da metade destes 79 são trabalhos sofríveis. Deveríamos estar comemorando e não lamentando.


Saí de Cachoeira hoje às 14:30hs um tanto frustrado, não pela bienal em si, mas pela fotografia como um todo. Excelentes fotógrafos foram selecionados, com destaque para Fábio Duarte, com seu “auto-retrato/encontro, movimento com caroline” e Guilherme Cunha, com seus impressionantes “estudos em forma de morte”; mas como sabemos, o gosto amargo, em alguns casos, prevalece e este é um deles.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Escrevendo com a luz - como tudo começou.


Hoje começo a postar uma série de textos sobre fotografia, como começou, algumas escolas e fotógrafos e algumas técnicas. Estou fazendo um estudo sobre fotografia e surrealismo, mas antes de chegarmos lá, vou tentar mostrar como tudo isso começou.

Uma câmera escura.

Sim, tudo começa com uma câmera escura. A fotografia começa a partir de experimentos de químicos e alquimistas, estando o seu surgimento, portanto, ligado aos estudos da luz e da fotoquímica. Já na Antiguidade Clássica, Aristóteles percebeu que um pequeno orifício feito numa câmera escura, ao ser atravessado por uma luz solar, refletia a imagem do mundo exterior numa parede escura. Imaginem vocês como isto não deve ter emocionado o filósofo. Um dos primeiros a fazerem experimentos com uma câmera escura foi um matemático e físico árabe chamado Alhazen, que a utilizou na observações de eclipses solares, por volta do século X.

Por volta do século XVI, já era conhecido o escurecimento dos sais de prata, que ao serem atingidos pela luz formam a imagem. No entanto, os químicos e estudiosos não haviam ainda descoberto como interromper o processo. Já se sabia que era a luz o elemento fundamental para a formação das imagens, restava agora saber como controlar a sua exposição e evitar o enegrecimento (ou seja, o famoso filme queimado!) das mesmas.
Quem primeiro conseguiu a proeza foi um francês chamado Joseph-Nicéphor Niépce, por volta do século XIX. Por volta de 1822, Niepce já trabalhara com um verniz de alfalto (betume da Judéia), aplicado sobre vidro, além de uma mistura de óleos destinada a fixar a imagem. Com esses materiais, obteve a fotografia das construções vistas da janela de sua sala de trabalho - após uma exposição de oito horas. Contudo, aquele sistema heliográfico era inadequado para a fotografia comum, e a descoberta decisiva seria feita por um cavalheiro muito mais cosmopolita: Louis Daguerre (no entanto, vou deixar um viva ao Niépce, que após dez anos de tentativas conseguiu realizar sua primeira foto - que ainda bem, continua preservada e pode ser vista por nós). Em 1835, Daguerre sensibilizou com luz uma chapa de prata revestida de sais de prata e, no entanto, nenhuma imagem se formou. Inconsolado, guardou a chapa no fundo de um armário e foi dormir. No dia seguinte, que incrível surpresa: havia na chapa uma imagem formada! O responsável pela revelação foi o vapor de mercúrio, que segundo a lenda, foi atribuído a um termômetro quebrado no armário do cientista. Feliz com a descoberta, Daguerre padronizou o processo e passou também, como elemento final, a utilizar uma solução aquecida de sal de cozinha para tornar as imagens inalteráveis. Assim, ele divulga o processo, nomeado de Daguerreotipia, que é também lançado ao povo através da Academia de Ciências de Paris. Surge assim, popularmente, a fotografia.

Posteriormente, muitos cientistas, físicos e químicos continuaram a realizar pesquisas sobre a fotografia, a partir do método desenvolvido por Daguerre. Imaginem o quão surpreso (ou empolgado) ele não ficaria ao se deparar com as câmeras digitais, com a rapidez no processamento de imagens e a quase extinção dos modos analógicos de captação do mundo.

Vou terminando por aqui, prometendo voltar para falar de uma câmera muito famosa e desejada: a Leica.

Foto: Vista da janela em Le Gras - Joseph Niépce (1826).

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domingo, 19 de outubro de 2008

Aquela coisa, né? Muitos pepinos para resolver, mas deu tudo certo. Foi muito massa a abertura da exposição (a)s.


 








foto: Bruno Maciel

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

a(s) - Exposição fotográfica.

Então gente.

O 4 sobre tema irá lançar, no dia 17 de outubro (sexta feira), a sua primeira exposição: a(s).
Será às 19hs, na Livraria Saraiva do Salvador Shopping.

Montar uma exposição, descontando o exagero, é como parir um filho. Escolher um tema, produzir as fotos, revelar as fotos, escolher suporte, decidir vernissage, fazer convites, divulgar na internet, avisar aos amigos, fazer reuniões virtuais (que no nosso caso, são muito frequentes), além de mostrar ao mundo o que temos de tão pessoal, que é o nosso olhar. Ufa.
Mas, apesar do enorme trabalho, estamos muito felizes. Sim, muitíssimo felizes, afinal, estamos produzindo o que amamos, estamos trabalhando com o que gostamos: somos um coletivo de amigos apaixonados por fotografia, por arte e poder materializar isso, parodiando uma propaganda de cartão de crédito, não tem preço.
O tema escolhido para nossa exposição (e para a segunda edição da revista - aguardem!) é a mulher. Neste momento, nos debruçamos, cada um a seu modo, cada um com o seu olhar, sobre as mulheres, o que é ser mulher, esse bicho estranho que sangra todo mês. Eu, mulher que sou e terrivelmente feminina, adorei o tema. Estou ansiosa para saber as impressões de vocês.

Então, estão todos convidados! Apareçam, levem amigos(as), namorados(as), modelitos irreverentes e papagaios. Todos são bem-vindos!

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4 sobre tema apresenta:

a(s) - Exposição Fotográfica.

Mariana David
Bruno Maciel
João Meirelles
Lincoln S.

Abertura - 17.10, 19hs
Visitação - 18.10 a 31.10

Livraria Saraiva - Salvador Shopping.

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domingo, 12 de outubro de 2008

É ótimo ter um irmão biólogo. Aprendi com Pedro Meirelles que somos macacos (ponto). Nada como fotografar e perceber o que está ali: o bicho homem.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Pessoas, bichos e outras coisas mais.

Bicho homem. Quando o tema da primeira edição da quatro sobre tema foi definido, a única coisa que eu tinha certeza era: não tenho a menor idéia de como materializar isso em uma imagem.
Os dias foram passando, os meninos cheios de idéias e sempre falando "já fiz as minhas fotos, vc ainda não fez?" e eu, totalmente em crise de idéias, não, ainda não fiz.

Fotografar um tema exige muito mais do que simplesmente clicar. É importante construir uma narrativa através das imagens, fazer com que elas falem por você, que elas ultrapassem os silêncios naturais das fotografias. Pensando e repensando, me veio a idéia de trabalhar com o sangue. O sangue como elemento da natureza, que corre dentro de nós, que aparece impregnado na nossa pele quando nascemos, que as mulheres liberam, todos os meses, num processo natural e involuntário. Isso nos aproxima da natureza. Isso nos aproxima dos animais. Isso nos torna animais. Assim, fiz as duas primeiras fotografias: uma mão que segura um pedaço de carne crua, ensanguentada, carne que alimenta o homem, que também é carne, que também é sangue. Na outra, uma menina observa a sua menstruação, o sangue de renovação da feminilidade, o sangue que atesta a sua capacidade de gerar, de continuar.

Em oposição a estas duas imagens, queria algo leve, colorido e ainda natural. A mulher, que também é mulher bicho, em fusão com a natureza. Optei por uma mulher nua, despida de convenções e repressões, mulher natural, fêmea bicho, assim como viemos ao mundo. Nós todos.
Associei a condição de bicho à liberdade, à infinitude que só a natureza têm. Nós iremos, ela ficará. A última foto partiu da minha vontade de ser non sense, ou seja, não há sentido algum, e sim sentidos, preenchidos por flores e uma eterna entrega ao mundo, sendo homens, bichos, bichas fêmeas e fêmeas bicho.

sábado, 4 de outubro de 2008

Sobre sermos todos comíveis!

Bem vindos ao blog sobre tema, um espaço que 4 artistas fotográficos criaram pra expor suas idéias sobre determinado tema. Sabendo q nada existe só, veremos aqui no blog um tema se desdobrar em mil, pois como falar de animalidade sem falar de deus, consciência e política? Seria como fazer arroz sem água, sal e óleo. 

Quando o tema foi lançado estávamos numa mesa de bar, João foi quem insinuou contando sobre um assalto que lhe ocorreu, e não me lembro como, estávamos com o desafio na mão: representar a porção bicho do homem. Onde o homem se assemelha a instintiva brutalidade dos animais? 

Uma vez fui supreendido por um livro de biologia que mostrava o esqueleto de animais. Quase todos tem a mesma estrutura, cabeça, tronco, pernas e braços. Na época fiz uma pintura entitulada A similaridade dos animais, e agora isso me volta como tema. A primeira sensação que tive foi homogenizar a pele, misturar as tramas, fundir as espécies. Isso me despertou uma vontade louca de gritar ao mundo que os humanos são além de carne, consciência e que o que nos difere é a simples organização dos valores e o controle do instinto. Dai me veio a noção de superioridade, mas num mundo como o nosso, como ser superior às formigas? Temos organização mas morremos de guerra e de fome. Por outro lado como achar que os animais são superiores, se os leões comem as gazelas indefesas e nem levam ao forno? 

Convidei o Ronan Gonçalves, um performer goiano, para o desafio de ser fotografado com a pele maquiada e um pedaço de bife. Engraçado que sua primeira reação foi de nojo da carne crua sangrando. Em minha cabeça eu pensava: carne com nojo de carne? Somos lacrados pela pele, mas pulsamos sangue por dentro: precisamos de uma mesa, de faca, de prato e garfo. Tempos depois estavamos nós na noite, mesa posta, bife sangrando, Ronan encarnado em bicho, num ambiente claro, quase espírita. Burocrático na roupa, a alma inquieta, curiosa, vaidosa de se expor a vista do mundo, o sangue vermelho pulsando contido como a carne na mão. Primeiro flash e ao final da sessão eu tinha um Ronan bicho, sujo de sangue de bicho. Mordendo e lambendo a carne quase em transe. No resultado  das fotos: um ser aberto, com o rosto caindo no prato, num surto de violência instintiva. Somos bichos ou não?

Dai, mil idéias depois, numa conversa com Mme Lard, nos veio essa imagem: uma mulher com cabeça de porco. Dias depois, açougue, cara de porco aberta na mão, lá fui eu costurar. Na pia limpei o resto de carne e deixei apenas a pele. Ali meu contato já não era mais com a carne, e sim com a pele (dizem q a pele de porco é a mais semelhante a do homem) e quando terminei de costurar o rosto dele, tive medo. Medo de sua alma, mas ser humano não é ter consciencia? E isso não é a alma? Então onde está a alma do porco? Preferi acreditar que era apenas um pedaço de carne, pedi licença a Deus, temendo a alma do porco, seus olhos vazios naquela carcaça, ai Mme chega, me salva e começa a sessão.

Mme despida e a difícil tarefa de vestir aquela máscara fedida, com cheiro de morte, cheiro de vazio. Ela sufocada por aquele animal, numa distância de classes, uma superioridade estabelecida sobre aquela comida transformada em arte! Durante a sessão eu via um bicho estranho e divertido se firmar, os olhos vazios e o focinho caido davam uma impressão estranha de sorriso, de mulher nua, de deboche, cada pose dela me fazia muita graça, laço de fita na cabeça, um misto de beleza e horror rindo de mim, de nossa vida, de nossa impressão da vida. E em minha cabeça eu pensava que a morte nos iguala, e nela não existe diferença pro corpo. Sobre a alma? Não sei, nem morri ainda! Mas tive a certeza de que quero voltar a vida como humano e ter a deliciosa superioridade de escolher, construir, brincar, amar e deitar a cabeça no colo de meus amores. Nesse ponto a Mme Lard tinha virado uma Eva de geração estranha, uma Eva mista, oferecendo sua maçã ao homem carnivoro, rindo, apontando e debochando dele.

"É o bicho, é o bicho, é o bicho é o bicho malandragem, eu falei que é o bicho" - Bezerra da silva





4 sobre tema - no ar!

Quatro jovens fotógrafos, quatro olhares distintos, uma mesma paixão: a fotografia.
Inquietações e a vontade de desenvolver um trabalho colaborativo nos motivaram a criar a 4 sobre tema, revista virtual e mensal onde, a cada mês, um novo tema será colocado como um desafio a ser traduzido em forma de imagens.
A revista foi gerada depois de algumas reuniões e muitos, muitos emails, conversas via gtalk e skype (somos adoradores das maravilhas da internet!), recursos muito bem vindos, uma vez que um dos nossos está com a sua base montada em São Paulo ( alô, alô Lincoln S!).

O tema proposto para a edição #1 é Bicho-Homem, e vocês podem conferir o resultado no nosso site: www.4sobretema.com

Este blog foi criado para servir como um canal de comunicação com os nossos "olhadores", onde falaremos sobre a revista, sobre nossas exposições (sim, nós iremos expor), sobre fotografia e o que mais der nas nossas telhas.
Aqui vale, ainda, comentários sobre a revista, elogios, críticas, sugestões e declarações de amor.
Para falar conosco, é só postar aqui ou mandar um email para 4sobretema@gmail.com

4 sobre tema é:

João Meirelles
Bruno Maciel
Mariana David
Lincoln S.

E a nossa colaboradora, organizadora e salva-vidas, Carol Feitosa.

Acessem!
www.4sobretema.com

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