domingo, 9 de novembro de 2008

IX Bienal do Recôncavo


Zé de Rocha. Este foi o nome mais falado na IX Bienal do Recôncavo, que teve sua abertura ontem, em São Félix – Bahia. Fotógrafo, pintor, escultor, gravurista e músico, Zé de Rocha abocanhou o grande prêmio pelo conjunto da obra apresentada. Ao todo foram três obras, “ensaio para bala perdida” (foto abaixo), que é serigrafia sobre lona, que tem um “quê” de fotografia misturada com HQ, o segundo “eva”, um desenho em cerâmica e o ultimo “ permutáveis”, um trabalho de escultura e fotografia. Parabéns, Zé! Já acompanho seu trabalho há algum tempo e torço por você. Fiquei muito feliz pela consagração do seu “lavoro” e dedicação à arte. Que venha a pizza!

A bienal como um todo está legal e vale a visitação. Foram 258 trabalhos selecionados entre 1.379 inscritos, e o que se ouvia por lá a todo o momento é que esta é a melhor bienal de todas, quando se observava o nível das obras. Porém, tenho a ligeira impressão que o júri poderia ser mais rigoroso, principalmente quando se trata de fotografia, aí sim isso não é muito animador.


Fotografia foi a categoria que mais levou artistas para esta bienal, com 79 selecionados. Ótimo! É isso que esperamos, que queremos, porém é de partir o coração quando vejo que mais da metade destes 79 são trabalhos sofríveis. Deveríamos estar comemorando e não lamentando.


Saí de Cachoeira hoje às 14:30hs um tanto frustrado, não pela bienal em si, mas pela fotografia como um todo. Excelentes fotógrafos foram selecionados, com destaque para Fábio Duarte, com seu “auto-retrato/encontro, movimento com caroline” e Guilherme Cunha, com seus impressionantes “estudos em forma de morte”; mas como sabemos, o gosto amargo, em alguns casos, prevalece e este é um deles.

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